Pesquisar

Veja

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Allan dos Santos em sua análise sobre o jornalismo brasileiro

 A necessidade de dinheiro para que uma pessoa se dedique ao estudo de algo específico resulta, como um corolário, em submeter-se a quem paga, a quem detém o poder financeiro.

É assim no jornalismo, pois depende de quem paga (inserção comercial), é assim na engenharia, na física, na medicina etc.

Ocorre que o mesmo fenômeno é visível na política. O político não age contra o partido do qual pertence, não age contra os políticos que o ajudam, seja ele bom ou mau político.

O juízo mais seguro é de quem detém a liberdade financeira e uma maior abrangência de conhecimento devido ao vasto horizonte de consciência adquirido. Pois não está atado a conchavos, esquemas e benefícios voltados a um grupo específico. Em suma, só um homem de consciência totalmente livre é capaz de ter uma perspectiva precisa e viva, do contrário, terá uma visão desbotada, pálida e até desfocada por mais que queira ver as coisas como elas são.

É daí que um dos questionamentos de uma pesquisa honesta é a pergunta “a quem beneficia? (Cui bonu?)”. Foi Aristóteles quem iniciou uma técnica de abordagem chamada Septem Circumstantiae, onde sete perguntas precisam ser respondidas para que uma análise se inicie.

São elas:

(1) Quem
(2) O que
(3) Onde
(4) Quando
(5) Com quem
(6) Por que
(7) Como

Sem compreender a circunstância de uma ação humana, é impossível fazer dela algum juízo, seja para elogiar, seja para criticar, seja para aderir, seja para rechaçar etc.

Quem não usa dessas ferramentas, mesmo que seja um uso intuitivo, analisa QUALQUER FATO de modo IRRACIONAL. É o que ensina Aristóteles, Agostinho e Tomás de Aquino. Desse conhecimento decorrem inúmeros avanços jurídicos.

A injustiça até pode nascer no coração do homem, mas a tecnicidade maliciosa da injustiça encontra na ausência dessas perguntas um terreno fértil e próspero.

Todo juízo temerário e irracional IGNORA esse saber, voluntariamente ou não, e não importa de qual espectro político você seja.

Agora eu pergunto: os que analisam o que disse o Prof. Olavo de Carvalho usaram a razão ou predominância à pertença de um grupo específico?

De: Allan dos Santos • jornalista, conservador, patriota.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar